
A epidemia de crack no país levou a Câmara dos Deputados a realizar uma audiência pública para discutir formas de coibir o avanço da droga.
Na primeira reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Crack, o ministro da Saúde, José Temporão, afirmou que o governo deve anunciar nas próximas semanas um programa interministerial com o objetivo de ampliar a rede pública de tratamento e criar medidas de prevenção.
— O presidente Lula pediu uma integração de esforços. Vamos reunir ações de educação, saúde, cultura e combate ao tráfico para tentar diminuir o acesso à droga — disse Temporão, que destacou ainda a campanha Crack Nem Pensar.
A degradação social, a dificuldade de recuperação dos usuários e a dependência imediata causadas pela pedra motivaram a realização pelo Instituto NAF Brasil no Amazonas na campanha inserida no KIT FAMÍLIA contra o uso do Crack para esclarecer a população sobre os perigos do crack.
— Muitas vezes é a falta de informação que provoca esse cotidiano de tragédias vinculado ao crack — resumiu Elferr.
Número de usuários da pedra assusta autoridades. O crack já tem 1,26 milhão de usuários no Brasil. Já não se trata mais de uma epidemia, mas sim de uma tragédia nacional que atinge o triplo de pessoas que foram abatidas pela gripe espanhola no século passado. O crack é o mais grave problema de saúde público do país.
Um pouco de sua ação
O crack chega ao cérebro de forma tão rápida e intensa que é capaz de transformar mecanismos do sistema cerebral. O crack bloqueia a absorção natural da dopamina, o neurotransmissor que emite a sensação de prazer. Com os neurônios encharcados da substância, surge uma sensação imensa de euforia. Quando o efeito passa, vem a urgência da repetição.Como a dopamina é o principal regulador do sistema de prazer e recompensa, o crack vicia rapidamente, explica Aluney Elferr. Com o tempo de uso, como muita dopamina é colocada à disposição, suas reservas vão se esgotando. O cérebro se torna menos sensível à droga e a sensação de prazer é substituída por alucinações.Outra consequência é que o usuário passa a não sentir prazer por outros aspectos da vida, como comida e sexo, explica ainda Elferr. Numa comparação simples, é como um elástico que, esticado além do limite, não volta mais ao normal. Essa falta de sensibilidade do sistema de recompensa gera uma insatisfação em relação à vida, distúrbio conhecido como anedonia. Na memória, sobra apenas a sensação de prazer gerada pela droga. Sem sentir prazer por nada, o usuário passa a viver em função da droga, ou fica mais propenso a recair no vício.
Um pouco de sua ação
O crack chega ao cérebro de forma tão rápida e intensa que é capaz de transformar mecanismos do sistema cerebral. O crack bloqueia a absorção natural da dopamina, o neurotransmissor que emite a sensação de prazer. Com os neurônios encharcados da substância, surge uma sensação imensa de euforia. Quando o efeito passa, vem a urgência da repetição.Como a dopamina é o principal regulador do sistema de prazer e recompensa, o crack vicia rapidamente, explica Aluney Elferr. Com o tempo de uso, como muita dopamina é colocada à disposição, suas reservas vão se esgotando. O cérebro se torna menos sensível à droga e a sensação de prazer é substituída por alucinações.Outra consequência é que o usuário passa a não sentir prazer por outros aspectos da vida, como comida e sexo, explica ainda Elferr. Numa comparação simples, é como um elástico que, esticado além do limite, não volta mais ao normal. Essa falta de sensibilidade do sistema de recompensa gera uma insatisfação em relação à vida, distúrbio conhecido como anedonia. Na memória, sobra apenas a sensação de prazer gerada pela droga. Sem sentir prazer por nada, o usuário passa a viver em função da droga, ou fica mais propenso a recair no vício.
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